18 maio, 2009

Abaixo o ComoDismo!

Somos uns comodistas...! É isso que somos...

Acomodados no mofo, onde vivemos acostumados ao seu cheiro...

De tal modo que sentimos medo de sair de lá! Sentimos medo porque, "se os outros não saem de lá, que me fará sair a mim?"

Pois eu digo-vos o que vos fará sair do mofo onde vivem: vocês próprios! As vossas vontades, os vossos sonhos, a vossa persistência, vocês!

Não há que ter medo das consequências de tão "ousado" acto! Não há que ter medo da vida! Pior que viver arriscando, é viver "mofando"...

Estagnar? Nunca!

Estacionar na berma da estrada que é a Vida, impede-nos de ir mais além... Não há que ter medo daquilo que está para além da fronteira! Temos o direito de ver o que lá nos espera, e o dever de o fazer!

Têm um sonho?! (Todos os temos...)
Perguntem-se a vocês mesmos:
- O que me impede de o realizar? Quais são os obstáculos que encontro?
- Como os posso contornar? (e pensem "a fundo", lembrem-se que raras são as coisas sem solução!)
- Quais os prós e os contras da minha decisão?

Quando se pensa em tomar uma decisão que nos pode (e às vezes deve) alterar a vida, é importante que se consiga delinear uma estratégia. Um ponto de partida e um ponto de chegada. E as etapas até lá. Escrevam, se isso vos ajudar a clarificar o pensamento! Façam esquemas, textos, desenhos, o que quiserem! Mas planeiem...

Tornem-se os estrategas da vossa Vida!

Aí, então, é importante que se ponha em prática o que se pensou... O que se idealizou... Para que os planos não morram nas vossas mãos... Não há pior batalha do que aquela que não se travou por medo...!

Não será fácil, nem rápido, nem indolor... Com certeza que não!

Mas a bonança chegará! Ela chegará...

E aí... Ai!

Aí verão que o mofo vos comia a carne e o espírito sem que sequer se apercebessem... E não voltarão lá... Não mais cairão no marasmo...!

Nunca mais... Nunca!

17 maio, 2009

Não entendo, juro que não entendo...

Confesso que pouco entendo desta cultura de hoje em dia...

Desta cultura em que todos são uns revoltados, mas à qual todos sucumbem!

Todos acham que "Ai, a vida está má e tal", mas depois pedem empréstimos para ir de férias e poderem dizer que "Ah, eu cá fui ao Brasil" ou whatever...

Queixam-se da subida dos preços, sempre afogueados por não conseguirem pagar tudo a tempo e horas, mas depois compram anéis de ouro às prestações, roupa "da moda" ou carros e casas que não conseguem pagar, só para serem respeitados...

Não entendo, juro que não entendo...

Não dormem nem vivem em paz com a preocupação que a falta de dinheiro lhes traz e não compram um simples livro "porque a vida está má e temos de poupar", mas depois levam para casa uma toillete nova e uma revista "cor de rosa" para ler e se deprimirem porque "fulano tem dinheiro e eu não"...

Não entendo, juro que não entendo...

Não defendo a total negação aos bens materiais, não sou hipócrita a esse ponto, quando eu própria me sirvo de um computador e de internet para chegar até vós!

Defendo, sim, a negação ao consumismo e o cultivo do ser até ao ponto em que as futilidades pouco importarão...

Pouco importa o que visto, se não transmitir ao outro a vontade de se relacionar comigo...
Pouco importa onde passo férias, se não trouxer nada mais do que souvenirs...
Pouco importa o que uso para me deslocar, se não chegar ao coração dos demais...
Pouco importa onde vivo, se não receber o outro de braços abertos...

O segredo para a felicidade... Ou não!

A felicidade... O que é a felicidade?!

É ter um emprego? É comprar um carro novo? É ter um namorado? É casar? É ter filhos?

Cada um terá a sua definição e os seus meios para a atingir (ou pelo menos pensarão que sim...).

Esse estado eufórico não é mais do que uma transição entre dois estados de infelicidade... Ou, se preferirem, de insatisfação...

Pensa o leitor: "Credo, que pessimismo...!" Não, de todo! É apenas a aceitação de uma realidade que teimamos em ignorar!

Eu explico:

A felicidade não é mais do que um estado efémero, na medida em que o nosso cérebro está preparado a reagir apenas a algo que nos incomoda, a reagir perante o perigo ou a insatisfação que se nos apresenta.

Este é um impulso que acompanha o homem desde os tempos primitivos, desde o tempo em que ele não tinha mais nenhuma preocupação a não ser, talvez, o facto de ter o que comer quando tivesse fome...

Fomos feitos para reagir instintivamente apenas aquilo que não está bem na nossa vida.

É esta reacção que nos permite tomar uma atitude para mudar algo que nos incomoda. Se assim não fosse, seríamos apenas folhas ao vento, sem que tivéssemos qualquer tipo de comando sobre o rumo que tomamos.

Mas o mesmo não acontece com estados de satisfação. Esses são apenas passageiros, por muito felizes que nos deixem e eternos que pareçam.

A explicação é simples: o nosso cérebro, ainda provido dos tais instintos primitivos, transforma a felicidade e aquilo que a gerou, em algo trivial, banal até. O nosso estado de extremo bem-estar deixa de ser visto como algo idílico para passar a ser costumeiro.

Isto tudo para que o Homem não se habitue a estar “lá no alto” e possa ter verdadeira consciência de quando algo de menos bom acontece, para poder reagir, tal como os seus antepassados.

Assim, construir a nossa felicidade em cima de algo passageiro, como um bem material, um sentimento, um estado de espírito, ..., é adiar uma queda inevitável para a miséria, tanto espiritual como intelectual...

16 maio, 2009

A palavra!

É inegável o efeito daquilo que é dito.
Quer se queira quer não, as palavras têm o seu efeito nas pessoas...
Talvez não à primeira, talvez não durante muito tempo, mas a palavra dita provoca a reflexão ao outro.
A vida faz-se de palavras... Ditas e ouvidas... Dadas e recebidas...
E é por elas que vos chego! É pela palavra que vos quero conhecer, enquanto me dou a conhecer também...
É por ela que vos quero transportar ao "andar mais alto da vida", desprovida de toda a presunção que a expressão assume...! Proporcionar a visão daquilo que, por vezes, só os outros vêm...

Posso, assim, dizer que o Dito Efeito está dito e feito!