17 maio, 2009

O segredo para a felicidade... Ou não!

A felicidade... O que é a felicidade?!

É ter um emprego? É comprar um carro novo? É ter um namorado? É casar? É ter filhos?

Cada um terá a sua definição e os seus meios para a atingir (ou pelo menos pensarão que sim...).

Esse estado eufórico não é mais do que uma transição entre dois estados de infelicidade... Ou, se preferirem, de insatisfação...

Pensa o leitor: "Credo, que pessimismo...!" Não, de todo! É apenas a aceitação de uma realidade que teimamos em ignorar!

Eu explico:

A felicidade não é mais do que um estado efémero, na medida em que o nosso cérebro está preparado a reagir apenas a algo que nos incomoda, a reagir perante o perigo ou a insatisfação que se nos apresenta.

Este é um impulso que acompanha o homem desde os tempos primitivos, desde o tempo em que ele não tinha mais nenhuma preocupação a não ser, talvez, o facto de ter o que comer quando tivesse fome...

Fomos feitos para reagir instintivamente apenas aquilo que não está bem na nossa vida.

É esta reacção que nos permite tomar uma atitude para mudar algo que nos incomoda. Se assim não fosse, seríamos apenas folhas ao vento, sem que tivéssemos qualquer tipo de comando sobre o rumo que tomamos.

Mas o mesmo não acontece com estados de satisfação. Esses são apenas passageiros, por muito felizes que nos deixem e eternos que pareçam.

A explicação é simples: o nosso cérebro, ainda provido dos tais instintos primitivos, transforma a felicidade e aquilo que a gerou, em algo trivial, banal até. O nosso estado de extremo bem-estar deixa de ser visto como algo idílico para passar a ser costumeiro.

Isto tudo para que o Homem não se habitue a estar “lá no alto” e possa ter verdadeira consciência de quando algo de menos bom acontece, para poder reagir, tal como os seus antepassados.

Assim, construir a nossa felicidade em cima de algo passageiro, como um bem material, um sentimento, um estado de espírito, ..., é adiar uma queda inevitável para a miséria, tanto espiritual como intelectual...

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